Neste espaço você encontra notícias, fotos e a obra do grande sanitarista brasileiro Francisco Rodrigues Saturnino de Brito, idealizador dos canais de Santos, que trouxe com isso, grande progresso e saúde à Cidade.
Expediente
do acervo
para o Carnaval
As visitas
ao acervo Saturnino de Brito, no Palácio que leva seu nome, acontecem todos os
dias (9 a
12), das 11 às 17 horas. Na quarta-feira de Cinzas (13), o acervo abre das 14
às 17 horas.
O Palácio
Saturnino de Brito fica à Avenida São Francisco, 128, no Centro Histórico de
Santos. A entrada é gratuita e as visitas são monitoradas com guias bilíngues.
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Dia 25 de abril de 2012 é um dos dias mais importantes para a história de Santos. Foi nesse dia em 1912 que entrou em operação o sistema de esgotamento sanitário desenvolvido pelo engenheiro sanitarista Francisco Rodrigues Saturnino de Brito, que permitiu a ocupação da Cidade e o fim de doenças de veiculação hídrica, responsável por dizimar milhares de pessoas. Estima-se que essas doenças vitimaram mais de 22 mil moradores, metade da população na época.
Por isso, este é o momento de homenagear este grande homem, que foi Saturnino de Brito, considerado o patrono da engenharia sanitária, que juntou em seu trabalho as técnicas de construção com normas de saúde e higiene, uma mistura de engenheiro e médico, período intitulado até como uma evolução higiotécnica. O resultado foi a melhora da qualidade de vida da população, elevando a cidade a uma outra condição sanitária.
As anotações, relatórios técnicos e plantas desenvolvidas por Saturnino são primorosas. os detalhes nos cálculos, em que ele demonstra cada equação para chegar em seus projetos, demonstram realmente o cuidado que tinha para que tudo desse certo. Outro detalhe foi a preocupação com os custos do projeto, inclusive, com o controle da quantidade de cimento utilizado nos canais, de forma a evitar gastos a mais. Para desse trabalho está exposto no Acervo do Saneamento, sede da Sabesp, em Santos.
Seu trabalho foi tão completo que definiu também como prioridade as condições e instalações da casa dos santistas.
Nas palavras de Saturnino, em relatório de 1905: "Será preciso tratar da casa como se trata do homem. Por isso, o elevado empenho que fizemos para que se reforme por completo o serviço domiciliário dos esgotos, sem o que o saneamento da cidade peca pela base".
Apesar de hoje entendermos o que estava se passando e os motivos das intervenções realizadas, na época o projeto foi muito questionado e Saturnino enfrentou críticas ferrenhas. Outros apoiaram, como dr. Guilherme Álvaro que se empenhou na adoção de medidas de higiene e saúde. O projeto idealizado em 1898 teve suas obras iniciadas apenas em 1905, quando chegou para comandar a Repartição de Saneamento. O caminho foi muito tortuoso para chegar ao nível em que a cidade está hoje, primeira do ranking de saneamento, de acordo com o Instituto Trata Brasil, entre as cidades com mais de 300 mil habitantes.
A Estação criada por Saturnino no José Menino, chamada de Usina Terminal, esteve em operação até a entrega de uma nova unidade, que dobrou a capacidade pelo Programa Onda Limpa, no início de 2010. Este belo equipamento foi entregue restaurado, sendo considerado, junto com três estações elevatórias também restauradas, um importante marco para a história do saneamento do País. Uma delas, em São Vicente, em parceria com a Prefeitura foi transformada na gibiteca Maurício de Sousa, tornando-se um ponto de referência cultural e histórico.
Além de tudo que fez pelo saneamento do País, ele deixou outra herança para Santos, marca da sua genialidade: o traçado da Cidade. Prevendo a expansão, Saturnino projetou avenidas centrais arborizadas, como hoje a Avenida Afonso pena, permitindo uma maior circulação de ar entre os imóveis. Ao lado das canais, manteve avenidas largas para circulação. Seu projeto contemplou também a existência de praças arborizadas e previu um jardim na orla em 1910 e realizado décadas depois.
Pelas palavras de Saturnino, a preocupação era com o aspecto geral da Cidade: "Aliás, está no vosso programa sobre Santos cuidar de melhorar e de embelezar - para que o visitante estrangeiro leve boa impressão da importante cidade paulista. Sobre a planta que encontrei, projetei a expansão da cidade, (...) necessário para prever toda a futura rede de esgotos".
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Saneamento completa 100 anos
Artigo do superintendente
João Cesar Queiroz Prado
Dia 25 de abril de 2012 é um dos dias mais importantes para a história de Santos. Foi nesse dia em 1912 que entrou em operação o sistema de esgotamento sanitário desenvolvido pelo engenheiro sanitarista Francisco Rodrigues Saturnino de Brito, que permitiu a ocupação da Cidade e o fim de doenças de veiculação hídrica, responsável por dizimar milhares de pessoas. Estima-se que essas doenças vitimaram mais de 22 mil moradores, metade da população na época.
Por isso, este é o momento de homenagear este grande homem, que foi Saturnino de Brito, considerado o patrono da engenharia sanitária, que juntou em seu trabalho as técnicas de construção com normas de saúde e higiene, uma mistura de engenheiro e médico, período intitulado até como uma evolução higiotécnica. O resultado foi a melhora da qualidade de vida da população, elevando a cidade a uma outra condição sanitária.
As anotações, relatórios técnicos e plantas desenvolvidas por Saturnino são primorosas. os detalhes nos cálculos, em que ele demonstra cada equação para chegar em seus projetos, demonstram realmente o cuidado que tinha para que tudo desse certo. Outro detalhe foi a preocupação com os custos do projeto, inclusive, com o controle da quantidade de cimento utilizado nos canais, de forma a evitar gastos a mais. Para desse trabalho está exposto no Acervo do Saneamento, sede da Sabesp, em Santos.
Seu trabalho foi tão completo que definiu também como prioridade as condições e instalações da casa dos santistas.
Nas palavras de Saturnino, em relatório de 1905: "Será preciso tratar da casa como se trata do homem. Por isso, o elevado empenho que fizemos para que se reforme por completo o serviço domiciliário dos esgotos, sem o que o saneamento da cidade peca pela base".
Apesar de hoje entendermos o que estava se passando e os motivos das intervenções realizadas, na época o projeto foi muito questionado e Saturnino enfrentou críticas ferrenhas. Outros apoiaram, como dr. Guilherme Álvaro que se empenhou na adoção de medidas de higiene e saúde. O projeto idealizado em 1898 teve suas obras iniciadas apenas em 1905, quando chegou para comandar a Repartição de Saneamento. O caminho foi muito tortuoso para chegar ao nível em que a cidade está hoje, primeira do ranking de saneamento, de acordo com o Instituto Trata Brasil, entre as cidades com mais de 300 mil habitantes.
Além de tudo que fez pelo saneamento do País, ele deixou outra herança para Santos, marca da sua genialidade: o traçado da Cidade. Prevendo a expansão, Saturnino projetou avenidas centrais arborizadas, como hoje a Avenida Afonso pena, permitindo uma maior circulação de ar entre os imóveis. Ao lado das canais, manteve avenidas largas para circulação. Seu projeto contemplou também a existência de praças arborizadas e previu um jardim na orla em 1910 e realizado décadas depois.
Pelas palavras de Saturnino, a preocupação era com o aspecto geral da Cidade: "Aliás, está no vosso programa sobre Santos cuidar de melhorar e de embelezar - para que o visitante estrangeiro leve boa impressão da importante cidade paulista. Sobre a planta que encontrei, projetei a expansão da cidade, (...) necessário para prever toda a futura rede de esgotos".
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